segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Boa União em Estrela – Histórias do Manduca



Boa União – Histórias do Manduca

Boa União, o mais populoso bairro de Estrela. Quando linha colonial, denominava-se Einfacheschneiss (Picada Simples).

Em 1913, Guilherme Fritsch foi seu comissário seccional. 

Em 1962, a municipalidade abriu para a população um poço artesiano.

Em 06 de março de 1967, foi fundada a Comunidade de Boa União, abrindo caminho para ser sede de uma nova paróquia, que se efetivou em 1988.

Nos anos 1970, foi construído o Trevo da Cidade, um cartão de visitas de Estrela. Do seu território desmembrou-se o Bairro das Indústrias.

O bairro Boa União ocupa a primeira colocação entre os bairros de Estrela, com 1.300 domicílios e uma população superando 4 mil pessoas.

Pois o entrevistado da Folha de Estrela nesta edição é Armando Ströher, o Manduca, que mora no bairro Boa União há 50 anos. Viu o bairro crescer e se desenvolver, e tornar-se um gigante em termos populacional, residencial, religioso, educacional, esportivo, econômico.

Nascido em Venâncio Aires em 1942, Manduca veio para Estrela ainda menino para trabalhar na agricultura em Novo Paraíso. Produzia cana de açúcar para o Alambique Lohmann da localidade. 

Em 1963 se mudou para o Bairro Boa União quando casou com Anita Wathier. Pai de Anelise, Aneli, Angela, Adriane, Ana, Andrea e Alexandre.

Tinha poucas casas naquela época. Manduca falou das primeiras famílias que encontrou no bairro: Krombauer, Müller, Lenz e Mallmann, com quem fez grande amizade.

Durante muitos anos manteve o Bar e Cancha de Bochas, ponto de encontro dos moradores. Funcionava quase como um clube social.

Foi atleta e dirigente do clube de futebol União, cujo campo era localizado na Rota do Sol. Lembra com saudade dos grandes clássicos jogados contra a Lajestre, outra equipe do bairro.

Trabalhou como capataz da antiga capatazia do bairro Boa União, na administração do ex-prefeito Gabriel Aloísio Mallmann. Disse que tiveram que abrir e calçar ruas, construir redes de água, esgoto e energia elétrica. Foi um tempo de muitos desafios, lembra o Líder Comunitário.

Fala com saudades dos comícios que eram realizados pelo antigo MDB – Movimento Democrático Brasileiro, em frente do seu estabelecimento. Juntava gente de todo lado afirma Manduca.

Muito religioso, sempre participou ativamente, com sua família, da Comunidade São Cristovão. Sua filha Adriane foi a primeira criança a ser batizada na Igreja Católica.

Participa da Festa de São Cristovão, desde os tempos em que o evento era realizado no mato atrás da Igreja, depois num galpão de madeira e dos anos oitenta em diante no Ginásio construído com apoio de todos.

Manduca conta que seu sogro, João Fritholdo Wathier doou uma área de terras para o Cemitério Católico da localidade. Além de beneficiar a comunidade local queria ser sepultado em suas terras, o que efetivamente aconteceu em 1990, quando o mesmo faleceu.

Comenta que muita coisa aconteceu nesse tempo todo. Tudo mudou. Hoje o bairro é enorme. Além da Igreja temos escolas, creches, Posto de Saúde, estabelecimentos comercias, indústrias. Uma população ordeira com povo trabalhador. Manduca se diz feliz no bairro em que viu crescer sua família.

No presente trabalho para o Jornal Folha de Estrela, estive acompanhado do amigo e colega Jorge Scherer, que há tempos vinha sugerindo um bate papo com Armando Ströher. Realmente valeu a dica. O exemplo de vida comunitária do Manduca serve de referência para todos. 

Texto – Airton Engster dos Santos
Matéria Publicada no Jornal Folha de Estrela




Armando Ströher - Manduca

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