Estive bem próximo do ex-prefeito e ex-deputado
Gabriel Aloísio Mallmann nos últimos anos de sua vida. Conversamos muito sobre
sua trajetória política. Gabriel conhecia o trabalho da Aepan de resgate da
memória do município e contribuiu de forma especial com dados, livros e
impressos.
Depois que o ciclo do poder se fechou para Gabriel
Mallmann, seus dias foram de solidão suportável, segundo sempre me reiterava.
Era um homem tranqüilo, falava muito em política.
Estava sempre atento a tudo. Gostava de conversar com as pessoas na rua, tomar
cafezinho e comprar cigarros na Rodoviária.
Recebia os poucos amigos no porão de se sua casa onde
organizou uma cozinha, com mesa, geladeira, pia e fogão a gás. Sobre a mesa um
vidro com bolachas. Servia sempre um café aos visitantes. Gostava muito de
salada de frutas que ele mesmo preparava. Um rádio sempre ligado onde
acompanhava as informações políticas.
Muito inteligente, sentava diante de sua máquina de
escrever e em questões de segundos estava escrita uma tese sobre qualquer
assunto, enquanto o cigarro queimava no canto da boca e algumas fungadas de
satisfação. Elaborava gráficos sobre tendências do eleitorado. Gostava do que
fazia.
Airton Engster dos Santos
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