quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Departamento de Saneamento Básico estadual apresenta os diagnósticos da situação dos municípios que compõem a Bacia Hidrográfica Taquari-Antas - URP 2


Fotos: Airton Engster dos Santos
Texto: O Informativo do Vale

O Departamento de Saneamento Básico estadual apresenta os diagnósticos da situação dos municípios que compõem a Bacia Hidrográfica Taquari-Antas. Para realizar o estudo, as cidades foram dividas em grupos - as Unidades Regionais de Planejamento (URP) -, organizados conforme a proximidade geográfica e semelhanças no uso da água. Os 118 municípios foram ordenados em cinco grupos. Na consulta pública realizada ontem, em Estrela, foi apresentado o estudo referente à URP 2, que engloba 16 municípios, sendo que 12 pertencem à região. O panorama é semelhante ao da URP 1 (apresentado segunda-feira): esgoto sanitário e drenagem urbana são os problemas mais comuns no cenário urbano. 
Ao comparar os resultados do diagnóstico das duas URPs, o diretor do Departamento de Saneamento, o engenheiro Guilherme Barbosa, explica que esta é uma situação comum no Estado. “A questão da falta de saneamento adequado ocorre em toda a parte. Em alguns municípios existe a coleta, mas o tratamento dos efluentes é zero. E isso demanda muito investimento”, aponta. Para resolver o problema com tratamento de esgoto sanitário nos 16 municípios da URP 2, serão necessários R$ 156,7 milhões. Esse valor, acumulado com os demais requisitos, como abastecimento de água, esgotamento sanitário, drenagem urbana e resíduos sólidos urbanos, soma R$ 495,4 milhões (veja quadro).

Diagnóstico
Na avaliação de Barbosa, o abastecimento de água nos municípios é considerado como “muito bom”. Os municípios como Poço das Antas, Boa Vista do Sul, Imigrante e Taquari são exemplos de onde o sistema de abastecimento funciona bem. “Mas sempre tem o que fazer”, salienta o diretor do departamento. “Além do tratamento da água, recomenda-se que trabalhe com educação ambiental, uso racional da água, ações de reaproveitamento, como cisternas. Isso tudo se converte numa economia importante”, completa Barbosa. 
A drenagem urbana aparece como um dos problemas mais significativos, além do esgotamento sanitário. “As cidades têm cadastros bastante falhos. Há dificuldade de determinar onde acontecem alagamentos com frequência. Além do mais, a falta de drenagem pode levar a uma situação de insegurança e de perda de patrimônio”, destaca Barbosa. 
Falta de tratamento dos resíduos sólidos aparece em 13 cidades da URP 2. Apenas Carlos Barbosa e Estrela possuem plano de gerenciamento. O município vizinho de Lajeado também é um dos únicos que apresentam local para compostagem, com Colinas. “A maioria dos municípios precisa organizar os catadores, com a criação de cooperativas. Além disso, a criação de um órgão específico para os resíduos seria o ideal”, sugere o diretor do Departamento de Saneamento, Guilherme Barbosa. 

Síntese de investimentos 
Abastecimento de águas: R$ 30,7 milhões 
Esgotamento sanitário: R$ 156,7 milhões
Drenagem urbana: R$ 172,2 milhões
Resíduos sólidos: R$ 136 milhões
Total: R$ 495,4 milhões 

URP 2 
Barão, Boa Vista do Sul, Bom Retiro do Sul, Carlos Barbosa, Colinas, Coronel Pilar, Estrela, Fazenda Vilanova, Imigrante, Paverama, Poço das Antas, Roca Sales, Tabaí, Taquari, Teutônia e Westfália. 

O que é o Plano de Saneamento
As consultas públicas fazem parte do processo de elaboração do Plano de Saneamento da Bacia Taquari-Antas. Com esse projeto, a população, as prefeituras e o governo estadual têm a possibilidade de conhecer as carências sanitárias e as necessidades de investimento para ampliar a cobertura de abastecimento de água tratada, da coleta e tratamento de esgoto sanitário e resíduos sólidos, além do encaminhamento adequado das águas pluviais. O plano estabelecerá as iniciativas para curto, médio e longo prazo, definindo os recursos financeiros necessários para atingir os porcentuais desejados.











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