Dorisbel Zancanaro Pereira e sua eterna relação com a música
Do palco a sala de aula
Dorisbel Zancanaro Pereira, moradora de Estrela desde muito cedo se identificou com a música. Já aos 3 anos de idade cantava de banco em banco para os passageiros do ônibus no qual viajava para visitar parentes. Quando aos 7 anos foi matriculada, fazia parte de todas as apresentações artísticas da escola, principalmente as que eram envolvidas com música. Na Escola Estadual de 1º Grau Incompleto Madre Branca sempre nas horas cívicas, era convidada para cantar no microfone os Hinos e também as apresentações. Durante os anos que se passaram continuou cantando em festinhas.
Aos 13 anos descobriu que haveria na cidade um festival de música e ficou muito interessada para participar e como havia um maestro que se chamava Gérson Tomás de Carvalho ( o maestro Pernambuco ) que dava aula de música e ensinava a tocar instrumentos musicais, foi até ele e pediu ajuda, o qual lhe deu algumas dicas. Se inscreveu, cantou a música da Amelinha, Foi Deus que fez o céu e tirou o primeiro lugar, foi classificada para outras cidades nas quais ganhou também.
Foi convidada para gravar na rádio Alto Taquari acompanhada do conjunto Regional da Saudade, uma música em homenagem ao rei momo “Lauro” de Estrela que havia falecido. Logo após a gravação, saíram em carro aberto pela cidade cantando a música. Dorisbel lembra que naquela época tinha o clube XV de Novembro, e outros como a SOGES e SRB, valorizavam o carnaval.
Dorisbel recebeu a visita de um empresário de Caxias do Sul, e juntamente com o maestro Pernambuco, foram até a SOGES onde tinha um músico de apelido “Dó” que tocava teclado ( hoje faz show no Alfred Palace Hotel ), e lá cantou algumas músicas e agradou, sendo contratada para integrar um conjunto de Bento Gonçalves, o Escalada Musical e mais tarde foi para o Harmony Show de Caxias do Sul. Nesta época chegou a cantar em apresentações especiais como de Vanderlei Cardoso, cantor nacionalmente conhecido.
Voltou para Estrela por motivos pessoais e começou junto com amigos e parentes a cantar músicas em bares, casamentos, festas, ...
Aos trinta anos, com um marido músico e com dois filhos, resolveu voltar a estudar, fez o magistério e usou muito a música para ensinar. Durante os anos em que estudou no CEFAP, também cantou em várias apresentações, cursos, palestras, reuniões de professores e diretores.
Em 2005, foi trabalhar no CEMAI, centro municipal de atendimento integrado, lá eu dava aulas de reforço, e música, por 3 anos ensinou os alunos a tocarem instrumentos musicais de percussão.
Fez a faculdade de Educação Especial e durante os quatro estágios ocupou novamente a música, sendo sua monografia sobre o aluno com dificuldade de aprendizagem e a música. Recentemente fez a Especialização de Neuropsicopedagogia e Inclusão Social e seu trabalho de conclusão de curso foi sobre: A música e o desenvolvimento biopsicosocial do aluno.
Palavras de Dorisbel: “A música é uma linguagem universal que faz parte do ser humano desde que ele está na barriga da mãe, ela desenvolve quase que todas as partes digamos assim das pessoas, ela cria, recria, devemos reolhar significativamente para a música e resignificar o nosso olhar para ela, pois ela é talvez a parte mais relevante na construção da cidadania, da autonomia, da interação, seja no âmbito comportamental, psicológico, intelectual, motor ou outro que ela esteja precisando no momento. A música é emoção, é paz, é alma, é coração e é preciso ter coragem , vontade, e humildade para se render à ela, sabendo o quão é importante, o lúdico na vida das crianças e de todo o ser humano e que o caminho para sanar as dificuldades e o obstáculos pode estar bem pertinho de nós, não falo só como professora, mas sim, como esposa, amiga e mãe”.
Texto; Airton Engster dos Santos
Fotos: Memorial da Aepan-ONG
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