domingo, 24 de junho de 2012

Dialeto nas colônias da Grande Estrela


Dialeto nas colônias da Grande Estrela

Na vasta região de Estrela, que compreendia além do atual território, mais Lajeado, Teutônia, Roca Sales, Imigrante e Colinas, além de localidades menores, a maioria dos moradores,  alemães e seus descendentes, conseguiam se comunicar  em português, alguns de forma clara, outros com forte sotaque alemão.

Entre os membros das colônias a maioria usava o alemão ou em algumas poucas famílias o alto-alemão (hochdeutsch).

Os mais difundidos, segundo professor Arno Sommer, eram os dialetos hunsrücker, trazidos da Rhenânia e o westfaliano conhecido também como sapato de pau.

Picadas como: Boa Vista, Germano, Catarina, Capivara, Canabarro, Geraldo, Franck a população falava o dialeto hunsrücker.

Já nas picadas: Schmidt, Host, Clara, Morro Becker, Berlim e parte da Franck o dialeto mais difundido era o sapato de pau.

Ambos dialetos foram sendo entremeados com vocábulos portugueses, adaptado a fala dos colonos.

O dialeto hunsrücker foi mesclado com palavras portuguesas em número bem maior do que o sapato de pau.

O professor Erich Fausel (A mistura Lingüística Teuto-Brasileira) aponta milhares de palavras que foram mescladas e como se originou este fenômeno.

O hunsrücker é um dialeto mais simples, e somente nas comunidades westfalianas não se difundiu de forma absoluta como nas outras colônias, pois se trata de um dialeto tosco, mais fácil do que alto-alemão, por exemplo.

O predomínio do dialeto hunsrücker em Estrela se deve ao fato de um grande contingente de colonos oriundos da Rhenânia, em maior número do que outras regiões da Alemanha.

O dialeto hunsrücker tem variações de região para região, inclusive entre as picadas de Estrela e Teutônia havia diferença na fala.
Texto: Airton Engster dos Santos
Imagem: Aepan-ONG 

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