domingo, 24 de junho de 2012

Kerb a moda antiga em Estrela


Kerb a moda antiga em Estrela

Representava a comemoração do aniversário do templo da localidade.

O Kerb iniciava com um culto religioso, festivo, na igreja cujo aniversário se comemorava, com a participação dos coros locais. Geralmente tinha duração de três dias.

Como o Kerb de outras localidades se dava em data diversa, havia a visita de pessoas e parentes de outras picadas.

Nos dias que antecediam o Kerb, as famílias já faziam os preparativos para festança. Limpavam a casa, o pátio, reabasteciam a dispensa, abatiam suínos e galinhas, que eram servidos no almoço festivo.

Também as sobremesas eram cuidadosamente elaboradas. Cucas, e tortas não podiam faltar, além da produção própria de gasosa que muitos colonos produziam a partir do gengibre.

O Kerb só de comilança sem baile era conhecido como fresskerb.

Na tarde de domingo, após visitas nas plantações e instalações de animais do anfitrião, os homens jogavam schafskopf.

As mulheres falavam das novidades das picadas, enquanto a dona da casa preparava o café da tarde.

Os jovens por sua vez só pensavam no baile da noite. Os que tinham namorada, já se deslocavam para casa da noiva para levá-la ao baile. Normalmente a cavalo. Não raros casos, a pé.

O proprietário do salão de Kerb , caprichava na organização e ornamentação com folhas de coqueiros na porta, e guirlanda colorida no centro.

A orquestra tocava músicas convidativas (Isabella; O Suzana; Mariechenwalser; Trink-Brüderlein-Trink) e assim por toda noite.

O salão enchia aos poucos com a chegada dos casais. Muita festa para quem conquistava a garrafa do Kerb (Kerbflasche) que ficava escondida ou no centro do salão, pendurada numa coroa de papel. Podia então brindar os amigos com uma cervejada.

Por vezes a orquestra parava de tocar para tomar cerveja, patrocinada por um feliz participante do baile.

Aos poucos os casais procuravam as mesas, onde os cavalheiros ofereciam a dama, uma bebida ou café com lingüiça.

E assim  a noite passava num clima de grande amizade.

O professor Arno Sommer em seu livro “Reminiscências”, trata das festas que aconteciam nas colônias de Estrela e Teutônia, de forma emocionante, o qual considero de leitura  indispensável aqueles que curtem nossa história.

Pesquisa: Airton Engster dos Santos
Imagem: Aepan-ONG

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