Kerb a moda antiga em Estrela
Representava
a comemoração do aniversário do templo da localidade.
O
Kerb iniciava com um culto religioso, festivo, na igreja cujo aniversário se
comemorava, com a participação dos coros locais. Geralmente tinha duração de três
dias.
Como
o Kerb de outras localidades se dava em data diversa, havia a visita de pessoas
e parentes de outras picadas.
Nos
dias que antecediam o Kerb, as famílias já faziam os preparativos para
festança. Limpavam a casa, o pátio, reabasteciam a dispensa, abatiam suínos e
galinhas, que eram servidos no almoço festivo.
Também
as sobremesas eram cuidadosamente elaboradas. Cucas, e tortas não podiam
faltar, além da produção própria de gasosa que muitos colonos produziam a
partir do gengibre.
O
Kerb só de comilança sem baile era conhecido como fresskerb.
Na
tarde de domingo, após visitas nas plantações e instalações de animais do
anfitrião, os homens jogavam schafskopf.
As
mulheres falavam das novidades das picadas, enquanto a dona da casa preparava o
café da tarde.
Os
jovens por sua vez só pensavam no baile da noite. Os que tinham namorada, já se
deslocavam para casa da noiva para levá-la ao baile. Normalmente a cavalo. Não
raros casos, a pé.
O
proprietário do salão de Kerb , caprichava na organização e ornamentação com
folhas de coqueiros na porta, e guirlanda colorida no centro.
A
orquestra tocava músicas convidativas (Isabella; O Suzana; Mariechenwalser;
Trink-Brüderlein-Trink) e assim por toda noite.
O
salão enchia aos poucos com a chegada dos casais. Muita festa para quem
conquistava a garrafa do Kerb (Kerbflasche) que ficava escondida ou no centro
do salão, pendurada numa coroa de papel. Podia então brindar os amigos com uma
cervejada.
Por
vezes a orquestra parava de tocar para tomar cerveja, patrocinada por um feliz
participante do baile.
Aos
poucos os casais procuravam as mesas, onde os cavalheiros ofereciam a dama, uma
bebida ou café com lingüiça.
E
assim a noite passava num clima de
grande amizade.
O
professor Arno Sommer em seu livro “Reminiscências”, trata das festas que
aconteciam nas colônias de Estrela e Teutônia, de forma emocionante, o qual
considero de leitura indispensável
aqueles que curtem nossa história.
Pesquisa:
Airton Engster dos Santos
Imagem:
Aepan-ONG
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