Revolução Federalista 1893 - 1895
Causa Invasões a Estrela
Parte II
Primeira Invasão da Vila de Estrela:
Segundo
Álbum do Cinqüentenário de Estrela, no dia 27 de maio de 1893, às 10 horas da
manhã, os rebeldes maragatos, sob o comando de Eloy Joaquim de Moraes e
Juca Mendes, entram na Vila de Estrela,
invadem a Intendência e travam combate com a Guarda Municipal que, comandada
pelo Sargento Antônio de Bittencourt, apresenta sérias resistências.
Os
relatos são aterrorizantes, a cena é indescritível. Na luta travada, inclusive
com arma branca, muitos tombam mortos,
ou feridos gravemente, dentre os quais o Sargento Bittencourt, que
pereceu na batalha defendendo a Vila de Estrela.
O
terror e o pânico da população da Vila, obrigou a fuga muitas pessoas, dentre
elas do Intendente Municipal, Joaquim Alves Xavier, que já no dia anterior a
invasão, havia fugido, dizendo-se sem elementos para lidar com a situação.
Com
a chegada das forças legalistas, sob o comando do coronel Manuel Lautert, em
seguida, os rebeldes sem põem em fuga.
Outros
rebeldes, comandados por José Altenhofen, tentam entrar na Vila de Estrela, mas
desistem do intento, pois temiam as forças de defesa comandadas pelo coronel
Lautert.
São
distribuídos forças de defesa, em diversos pontos da Vila, e o interior foi
vasculhado em busca dos rebeldes.
Segunda
Invasão a Vila de Estrela
Em 30 de outubro de 1893, a Vila de Estrela é
novamente invadida, liderados pelos revolucionários Maragatos, Palmeira e Altenhofen,
com tiroteio e gritaria pelas ruas, indo em direção a Intendência Municipal.
Houve reação de alguns poucos, o vigário da Paróquia,
Padre Eugênio Steinhardt, intermediou, a guarda municipal se entregou sob
garantia de vida dada por Altenhofen. Houve prisão do vigário e do irmão Grones
que fez um relato detalhado da situação. Depois foram liberados.
Também dessa vez os maragatos não permaneceram na Vila
de Estrela por muito tempo: Poucos dias depois chegava a tropa republicana de
Santos Filho que limpou a área.
Em seguida retornou de Taquari, o intendente
municipal, Pércio de Oliveira Freitas, com um corpo de policiais mais numeroso
e reforçado, cabendo ainda o recrutamento de voluntários para guerra,
conseguindo 60 soldados.
Terceira invasão da Vila de Estrela
Em
março de 1894, as forças revolucionárias novamente entram na Vila de Estrela,
comandadas por Aníbal Geraldo e José Altenhofen, mas desta vez apesar do número
de combatentes, uma coluna de patriotas, comandados por Faustino Augusto, impedem
que tomem posição de ataque.
Dispersados
sem orientação, retiraram-se em debandada, muitos se jogando no Arroio Estrela,
atravessando a nado. Na fuga deixam para trás muitos cavalos encilhados e
lanças.
Os
ânimos continuam exaltados, aparecendo de quando em vez algum grupo
revolucionário pelas colônias de Estrela. O coronel Lautert, juntamente com
Santos Filho a nível regional, comandavam as forças legalistas.
Saiba mais:
A
Revolução Federalista tinha como objetivo a troca da oligarquia que estava no
poder no Rio Grande do Sul, que tinha como maior líder, Júlio de Castilhos, por
aquela liderada por Gaspar Silveira Martins, que foi desalojada do poder, com
advento da Proclamação da República, em 15 de novembro de 1889.
A
Revolução Federalista, é uma história de intolerância, violência e fanatismo
político.
Até
hoje é difícil compreender as atitudes brutais que dividiram o Estado em
Maragatos e Pica-Paus.
Pesquisa:
Airton
Engster dos Santos
Bibliografia
Consultada:
Aspectos da Revolução de 1893 – Moacir Flores e Hilda Agnes Hübner Flores;
O Município de Estrela – História e
Crônica – Lothar Hessel;
Álbum do Cinqüentenário de Estrela – Administração Municipal 1926.
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