sábado, 23 de junho de 2012

Trapiches e Maxombombas em Estrela-RS



Trapiches e Maxombombas

Com objetivo de transporte de produtos, mercadorias, e até de passageiros, diversos barcos navegavam pelo Rio Taquari, desde os primórdios da colonização, o que tornou necessário a construção de trapiches nas barrancas do Rio Taquari.

Eram armazéns para depósito de produtos que chegavam à região através de barcos e para abrigar mercadorias agrícolas e industriais a serem embarcados  Porto de Estrela ou outros da região.

Os armazéns eram providos de maxambombas, que tinham como objetivo a carga e descarga dos vapores ou gasolinas atracados nos portos.

O antigo Porto de Estrela se localizava na Rua Arnaldo J. Diel, inaugurado em 1924, era um dos mais movimentados do Rio Taquari, pois por Ele atracavam os barcos que chegavam trazendo mercadorias e levando produtos, de todo município para capital.

Pela natureza das barrancas do Rio Taquari, foi necessário a instalação das históricas maxambombas, em função das dificuldades para carga e descarga dos barcos. As maxambombas faziam a ligação e o transporte, dos produtos armazenados, até o cais do porto, localizado praticamente ao nível das águas.

Haviam pessoas e empresas especializadas na construção da engenhoca, pois eram necessários conhecimentos técnicos para o funcionamento perfeito do equipamento.

Segundo o historiador Gino Ferri, no interior do trapiche (armazém), era instalado um pião, feito com tronco de madeira, onde era enrolado um cabo de aço, em cujas extremidades eram presos os dois troles (pequeno carro descoberto), os quais rodavam sobre trilhos de aço, desde o armazém, até o nível da água, de maneira que enquanto um trole subia, o outro descia, fazendo desta forma a carga e descarga dos barcos.

O pião tinha um cambão (peça de pau que se junta ao cabeçalho do carro puxado por mais de uma junta de bois) para movimentação do mesmo, feita por tração animal, que funcionava numa caixa especial, em sentido circular.

Mais tarde os troles passaram a serem movimentados por força elétricos.

Os dois pares de trilhos  por onde rodavam os troles, eram suportados por esteios. Entre os dois pares de trilhos havia uma escada desde o armazém até o nível da água.

Texto: Airton Engster dos Santos
Imagem: Aepan-ONG

Nenhum comentário:

Postar um comentário